sexta-feira, 25 de outubro de 2013

NOSSA HISTÓRIA (SUECOS)

NOSSA HISTÓRIA
Memórias de "Pisa- Uva " Jansson ( Traduzido do sueco por Gunvor Flodell publicado no Jornal o comunicador Regional em 25/10/2013).

NOSSA HISTÓRIA
Memórias de "Pisa- Uva " Jansson ( Traduzido do sueco por Gunvor Flodell )
Introdução
                                               Carl Axel Jansson (1866-1948) deixou um manuscrito, que em parte foi publicado na Suécia  (Samling Allsvensk 1925). O conteúdo é extremamente interessante, trata dos primeiros tempos no Brasil, como parte da pré- história como parte da pré história coletiva sueca nas Missões. Que deve ser conhecido por um círculo mais amplo de leitores e também pelos descendentes de Jansson que agora são numerosos. Suas memórias tem 15 partes, durante 30 anos ( 1891-1921 ) .
1 . A VIAGEM
                                               "Em maio 1891 muitas pessoas viajaram para o Brasil, também o autor destas linhas. A causa foi que o Brasil precisava de povoadores, e como o Senado havia aprovado contrataram  uma companhia alemã de vapores para transportar emigrantes desde Hamburgo para o Rio de Janeiro. O transporte até Hamburgo (Alemanha) foi pago pelo emigrante mesmo, o resto da viagem era gratuito para ficarem onde eles queriam.
                                               Porque temos emigrado? Esse erro nós mesmos cometemos, mas se deve mencionar de que foi uma ousadia. Vários anos antes de 1891 um sueco chamado Tufvesson foi para o Brasil e lá se casou com uma brasileira que depois foi morar na Suécia por três anos. Juntamente com familiares dela elaboraram uma gramática em sueco e português. Naquela vez foi publicado um pequeno livro que em palavras brilhantes, contava dum país rico ao Sudoeste. O seu autor pensava como a maioria dos brasileiros: O Imperador destronizado, o paraíso encontrado! No entanto para chegar ali tem tinha que ter um sexto sentido também.
                                               Em 24 de maio embarcamos num navio a vapor chamado "Södra Sverige" (Suécia do Sul), de Estocolmo, com destino a Lübeck, em seguida, de trem até Hamburgo. Esperamos alguns dias lá para embarcar no navio alemão que  nos levaria até Rio. Antes havíamos comprado a nossa comida do próprio bolso, agora os alemães se encarregaram da comida de uma maneira excelente, era boa e abundante. Exceto alguns judeus éramos apenas suecos a bordo, cerca de 100 famílias. Contando as crianças, éramos 350 pessoas. Este tempo foi bom, com exceção do falecimento de uma criança estávamos todos saudáveis ​​e fortes.
                                               O tradutor a bordo era dinamarquês. E nos informou que uma das maiores pragas no Brasil eram as pulgas. São pequenas pulgas que usam animais grandes animais e seres humanos como incubadoras, em sua luta para sobreviver. Sobretudo preferem os pés dos homens. Eles são tão pequenos que oscilam entre o limite da visão natural e a visão microscópica e se escondem sob a pele. Seu lugar favorito é ao redor das unhas e produzem  uma irritação que em poucos  dias passam a doer. Se um se aloja, se sente e imediatamente e deve ser removido com uma agulha ou uma faca. Mas se deixar um deles de 3 a 4 dias, se forma uma bolha como uma ervilha, e em seguida, começar a deixar o seu ninho. Eles não são perigosos para os índios, porque eles sempre andam descalços. Mas pode ser um perigo para os imigrantes que a principio andam com sapatos, pois cada ampola contém centenas de ovos. Isto era  uma das desvantagens no Brasil, de acordo com o tradutor dinamarquês.