GUARANI
DAS MISSÕES
Guarani das Missões, quem te viu e te
vê...
Lembro as
ruas sem calçamento,
com
poeira na seca e atoleiro na chuva;
carrinho de
lomba, o bodoque, a bolita,
a bocha,
o bolão e muita outra diversão;
o banho
na sanga, o mato, a macega...
o
“Chapeuzinho”, o Grupo Escolar...
a
cerveja, a gasosa, o alambique,
o melado,
o açúcar mascavo e a rapadura;
Ah! O
primeiro grão de soja, o linho...
Guarani das Missões, quem te viu e te
vê!...
Penso nos
imigrantes: primeiro os suecos;
Depois os
poloneses e, ainda, outras,
Que
desbravaram a mata e, na mistura das raças
Com suor
e lagrimas, vitórias e derrotas,
Te
fizeram Distrito de São Luiz Gonzaga (1899)
Guaramano
e, enfim, Município missioneiro (1959).
Guarani das Missões, quem te viu e te
vê!...
Sinto-te
no canto do pássaro,
No
sussurro do vento e no balanço da folha,
Na água
que rola na cascata
E na
semente que germina;
Na
criança que nasce, no jovem que estuda,
No adulto
que moureja de sol a sol
E no
velho que vive de saudade;
Naquele
que lembrado ou esquecido,
Dorme o
sono merecido por luta indormida,
Num cemitério
qualquer...
Guarani das Missões, quem te viu e te
vê!...
Terra
querida, já centenária,
És além
de um nome, lar acolhedor,
Ao te
contemplar,
Vejo do
passado, a lembrança;
Do
presente, a vida de cada cidadão.
Que, qual
“tijolo” em construção,
Os primeiros
se constituíram em alicerce
E do
“levantamento” todos participamos.
Guarani das Missões, quem te viu e te
vê!...
Plantado
entre o Ijuí e o Comandai,
És
grande, imponente e belo;
PIONEIRO
NA CULTURA DA SOJA,
Destemido
batalhador pelo progresso,
Defensor
dos direitos de teus filhos,
És o
invencível “Guerreiro das Missões”.
(1989)
Autores:
VILMAR PERSON
JOSE
OSVALDO RODOLFI
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